Hoje foi, finalmente o meu último dia de férias forçadas. Porquê? Porque entrei, pela primeira vez na vida, para o grupo dos desempregados. Não estou triste, não estou zangada... Estou descontraída e na expectativa do que me reserva o futuro. No entanto, tenho uma confissão para vos fazer: quando cheguei ao centro de emprego para dar início ao processo sentia-me confiante, até que de repente me vi na qualidade de presidiária....! Eu explico: a partir de hoje tenho de me apresentar de 15 em 15 dias na junta de freguesia para dizer que estou numa procura activa de trabalho e, acho eu, de que estou viva, o mesmo acontece aos arguidos que ficam sujeitos a termo de identidade e residência. Um dos senhores que lá estava para ajudar perguntou-me mesmo se eu não queria uma pulseira electrónica para juntar às tantas que tenho no meu pulso feitas pelo meu filho e pelos amigos dele! Claro que sim, mas para colocar no tornozelo... respondi eu... É que no pulso já não cabe mais nada.
A sério! Foi mesmo assim que me senti, como se a partir deste dia fosse arguida num qualquer processo do qual tenho a certeza que não tenho qualquer culpa... Mas isto é o que todos dizem. Ninguém é culpado até prova do contrário. Eu podia-vos contar de quem era a culpa de tantos que se encontram nesta situação, mas como ia dar pano para mangas e o "post" iria ficar enorme deixaremos isso para outras núpcias...
No entanto, tenho que vos dizer que não fui sozinha. Estava acompanhada da minha querida Manu, que também ela está a passar pelo mesmo processo que eu e tanta força nos temos dado mutuamente. Esta mulher é uma força da natureza. Trabalhadora até à última gota de suor, lutadora como só ela consegue e uma amiga que faz tudo o que pode e o que está ao seu alcance para ajudar quem mais precise dela. Estamos as duas em busca de trabalho, mas não guardamos para nós: partilhamos uma com a outra todos os anúncios, todos os telefonemas. O que pode ela não querer, posso eu e vice versa.
Quando acabámos todo o processo abraçámos-nos e mandámos tudo à me..., rimo-nos e fomos beber um café.
É um novo dia, um novo começo e perante vós apresenta-se uma nova mulher. Uma Marquesa pronta para a guerra, para o combate tal como a Marquesa original.
Despeço-me, por hoje com uma palavra para vós: deliciem-se!
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Querida Marquesa lamento a sua nova situação . antes nos conta-se uma graça de mais um dia de trabalho bem passado. Que seja para breve a mudança de boas novas e que o (futuro que está sempre tão longe) venha rapidinho .Com esperança de melhores dias. Ziu