Algumas amigas pediram-me para descrever o quanto investimos em cada uma destas receitas. E digo investir, porque vejo a comida como um ganho, um investimento e não como um gasto. Assim, hoje vou tentar colocar no papel o valor aproximado para cada receita.
Para mim vai ser um pouco difícil, porque o dinheiro para mim tem pouco valor.
Não me entendam mal. Prefiro pagar uma quantia avultada por uma refeição que me tenha sabido pelo mundo, que pagar pouco e não sentir nada enquanto como. Também me podem dizer que em vários sítios do nosso maravilhoso país, podemos pagar pouco e comer muito, muito bem. É verdade! Muitas vezes não é porque pagamos mais, que comemos melhor. Tentava só explicar-vos o valor do dinheiro na minha humilde opinião.
Na primeira vez que vos escrevi, descrevi-vos uma refeição completa que se me pedissem 25 euros por pessoa não acharia caro. Mesmo tendo em conta o uso de vinho durante a entrada e o prato principal. Como sabem o vinho pode encarecer uma refeição. Mas depende que tipo de vinho preferem e onde o consomem. Ou seja, se o comprarem num hipermercado ou se o consumirem num restaurante. Já perceberam o que quero dizer, não já?
Tenho uma grande amiga, que para ela o vinho tinto acompanha com tudo. Não digo que seja a qualquer hora dia, mas se estivermos num evento, ao invés de beber um copo de Martini, uma flute de champanhe, até mesmo um sumo, pede sempre um copo de vinho tinto. Como ela costuma dizer: o treino que leva, já lhe dá tempo para se conseguir manter acordada e sóbria durante mais tempo do que qualquer uma das restantes do grupo. Não consigo competir com ela. Tento, mas não consigo. “Não vais aos treinos” diz ela a rir.
Como gosta muito de vinhos da região do Alentejo. A refeição em causa não ficaria muito mais cara que os 25 euros. Mas na minha opinião o vinho é sempre uma escolha muito pessoal. Eu, pessoalmente prefiro o vinho alentejano, embora alguns da região do Dão também sejam muito agradáveis e em conta. O branco acompanha muito bem entradas, peixe leves, isto é, com pouca gordura, saladas e quiches.
Dizem os entendidos e quem o aprecia bastante que um vinho branco deve ser servido bastante fresco, para que dele se retire toda a harmonia que se pode. No entanto, e se calhar vou estar a dizer uma coisa muito errada, mas um dia peguei numa garrafa de vinho “Quinta do Cardo” branco que não estava gelado, muito menos fresco, estava à temperatura ambiente e provei-o… E querem saber um segredo? Soube-me pelo mundo. Não sei se foi a sensação de o experimentar quase às escondidas ou se foi o sabor natural que provinha do vinho. Mas estava fantástico. Uma delícia.
Quando leio os rótulos dos vinhos geral fico com uma sensação desconfortável… O que é isso de “com notas de uvas brancas”, “com laivos de chocolate”? Acho que não tenho o paladar apurado para apreciar certas notas e laivos no vinho. Como costumo dizer “talvez um dia…”!
Já agora… Não se esqueçam: deliciem-se…
Muito bem Senhora Marquesa. Está no bom caminho :-)
Muito bem Senhora Marquesa. Está no bom caminho. :-)
Adorava conhecer esta sua amiga que vai aos treinos, hheee