Ontem foi um dia em grande...
A viagem só por si engloba paisagens majestosas de neve, de grandes planícies de vegetação rasteira e fumarolas por todo o lado, que graças a elas o cheiro a "ovo cozido" espalha-se por toda a região. Como dizia a nossa guia, e repetiu-o várias vezes, "agradecemos todos os dias esta energia", e eu também agradeceria não fosse o constante cheiro a "pum". Desculpem mas no que toca a cheiros não consigo ser politicamente correcta.
Num país onde o inverno é tão rigoroso, a neve cai até ao final de março e em média a temperatura mais alta no verão chega aos 20 graus (se for até aos 25 graus, dizem eles que está a ocorrer uma onda de calor e todos param de trabalhar), a agricultura seria difícil de conseguir, não fossem o calor geotermal e as estufas. Numa das estufas que visitámos cultivava-se tomate e pepinos. Bom, mas bom o tomate. Já agora, perguntam os meus curiosos amigos: então e a polinização? A resposta é fácil, importam-se as abelhas.... No final da visita temos direito, por uma módica quantia de 900 coroas islandesas, isto é, quase 6€, a uma sopa de tomate com manjericão e um pão de sementes muito agradável.
Tínhamos de seguir viagem.... Mais uma hora e chegámos a Gullfoss, com a cascata mais bonita que alguma vez vi. Grande, poderosa e muito, muito fria. Com uma vantagem gigante para o meu filho: mexeu em neve pela primeira vez. A alegria na cara dele valeu quase, sim, quase toda a viagem. Pois nada bate estar num país onde nunca estivemos, com a mais valia de não ter pago um cêntimo por ela.
A última parte da viagem foi conhecer o único sítio do mundo onde é visível a dorsal média-atlântica, isto é, a crista que divide o Atlântico ao meio e separa as placas tectónicas americana e europeia. Este foi até ao ano de 1945 o local onde a Islândia tinha o seu parlamento. Não existe edifício, não existe castelo, não existe nada que marque o local a não ser um poste de uma bandeira. Juntavam-se por clãs para ouvir o Homem das Leis. O único que sabia e podia ditar todas as lei do país. A Liberdade é, e será, depois de toda a história vivida por estes "uikings", o mais importante. Ficar sobre a alçada da Dinamarca não foi fácil, mas juntaram o útil ao agradável: os nazis ocuparam o país dominante e, quando estes abandonaram a ilha, os islandeses aproveitaram para reclamar a independência. Este ano celebram 70 anos de liberdade.
A grande maioria dos islandeses é simpática e agradável. Sempre que podem, tentam ajudar, mas tenho de confessar: ainda não experimentarei a gastronomia destes senhores.... Ainda não me sinto "uiking" o suficiente para tentar....
Amigos já agora deliciem-se...
Bom regresso a casa e aos belos manjares. Bjs. Ah......brigado pela partilha.
Sra. Marquesa, abra um restaurante por essas bandas e fica rica num instante. Bjos e seja bem vinda
Sr. Marquesa já estou como os seus amigos venha rápido fuja do frio para o nosso solinho que tem andado envergonhado. Fico a espera do lado de ca Anonima